terça-feira, 7 de outubro de 2008

Gitanos.

Não que leiamos mãos por dinheiro na praça suja do centro da cidade, mas estamos/estávamos sempre indo de um lado pra outro, carregados ao sabor das definições da diretoria.

A distância que sempre conosco esteve não deixa que eu tenha orgulho de algum lugar, que eu tenha origens fortalecidas ou possa dizer que "sempre vivi" aqui, ou ali... Nunca tempo o bastante para que isso pudesse ser dito convictamente.

A distância ajuda a consolidar amores, amizades, saudades e dores ? Sim. E o faz com destreza.
Eu sinto falta de cumplicidade, tradição, do comum e do sempre.
Mas... pensando, estou distante, na verdade, de quê ? É tudo relativo quando se trata de distância. Um bairro, uma cidade, um estado, um país.
Quem é a família ? Pai, mãe, irmão e cachorro. Primo, prima, tios e tias ?
O que é a família ? Uma instituição, formação por amor, afinidade, divindade.

A distância as vezes é boa. Especialmente quando não se sabe (e nem se quer saber) mais de algumas pessoas. Ela é o magnífico impasse entre vocês.
Mas nada é pior quando, distante, quer-se saber do paradeiro de alguém a quem se quer bem. Ela é o maldito impasse entre vocês.

A distância deve ser partilhada. Pois depende do referencial a que é aplicada, ou de onde ela é vista.
Ela é uma idiossincrasia.