domingo, 31 de agosto de 2008

Beldades.

Marilyn Monroe usava calça 44
Brigitte Bardot tem sardas
Sharon Tate roía as unhas
Juliana paes fuma
Fernanda Paes Leme tem celulite
Charlize Theron tem barriguinha
Paola Oliveira tem pernas grossas
Sophia Loren tem quadris largos
Cat Power deixa o esmalte lascar
Madonna tem uma fresta entre os dentes
Gisele Bündchen tem o nariz grande
Luana Piovanni é grossa
Grazi Massafera tem silicone
Anna Hickman tem 1,85 de altura (ela deve ser mais alta que você lendo isso, se for homem ^^)
Liv Tyler calça 40
Keira Knightley não sabe andar em salto alto e
Scarlett Johansson não gosta deles
Ísis Valverde usa os cabelos bagunçados, e/ou presos

E eu não preciso ser perfeita ;D

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Terminal Central.

Um garoto. Duas pernas. Um par de muletas.
Eu, parada, esperando o ônibus em meio a um vai-e-vem de pessoas, cores, jeitos, humores e preocupações, vi na plataforma seguinte, o tal garoto.
Vi, e não conseguia parar de observá-lo. Eu via sua dificuldade e a dificuldade das outras pessoas em simplesmente oferecer ajuda.
Quão fácil era para todos apenas passarem por ele, desviando de suas muletas que se moviam vagarosamente ?
Ali, sendo apenas mais uma pessoa a espera, pude ficar observando-o e pensando em como a vida é fútil, ou como as pessoas a fazem ficar assim. Pensei em como a vida é simples, em como a vida é rápida e frágil. Pensei em como ela pode ser ingrata e injusta. Pensei ainda, em como andava a minha própria.
Tentei esconder meus olhos marejados e, atrás de minha pasta, agradeci baixinho por tudo o que tenho, por não ter dificuldades maiores à minha volta e ao mesmo tempo, questionei Deus sobre o propósito de toda aquela luta. Não obtive resposta.
Concluí que a vida e as pessoas nunca são como esperamos. E nem a perfeição os dois alcançam. Pelo contrário, alcançam cada vez mais, o maior grau de imperfeição. A imperfeição que faz as coisas serem como são e nos acostumarmos a elas. Por que, então, querer alçar tamanho estado de graça impraticável ? Nada nem ninguém, nunca será imaculado, sem falhas, nem terá todas as respostas. Eu mesma não obtive nenhuma ao fazer uma simples pergunta, quem dirá o resto de todas as pessoas por aí a fora.
Aquele período de tempo me marcou. Não sai de meus pensamentos, mas ao mesmo tempo, sinto-me inutilmente impotente pois nada posso fazer para mudar aquela ou qualquer outra situação que não me diga respeito.
Não sou Deus. Sou imperfeita por natureza. E a natureza talvez tenha respostas para tudo isso e para o garoto de muletas. Eu não tenho.
Tenho apenas a vergonha, algumas lágrimas e uma tristeza condizente. Sinto não poder ter corrido até ele e ter oferecido ajuda. Talvez todos me olhariam com olhos de quem sente-se incomodado, talvez o garoto sentiria-se ofendido, talvez ele aceitasse minha ajuda. Talvez não. Fiquei apenas com um ar hipotético no rosto, questionando-me e tentando parecer normal.
Quando me dei conta, o garoto subia no ônibus o qual esperava, e foi-se. Fiquei por ali pensando, matutando e me lembrando, até que meu ônibus também chegou. E fui-me.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Feriado.

Por que demora tanto ?
Uma simples estrada,
um pequeno dia arrasada.
Se você soubesse o quanto...


Nada me tira teu rosto,
Uma simples memória,
o começo de uma história.
Querem me levar pro lado oposto...


Por que tanto te quero ?
Uma simples canção,
um pequeno coração.
É nele que tanto te espero...


Nada me faz ser diferente,
Umas lembranças ainda,
umas noites que não findam.
Não consigo não pensar, por mais que eu tente...


Por que tanta prova ?
Um tempo comprido,
um dia com o vício.
Por enquanto só você se comprova...


Nada nunca me foi tudo,
um doce bonito,
um céu colorido.
Junto a você, isso se torna e até meu coração eu escuto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Meu Guri

Você ficou do meu lado após o comentário triste e desesperançoso, me olhava e eu também.
O que você me mostrou junto com a timidez e risadas, foi muito melhor do que todas as férias juntas. E eu havia chorado naquele dia.
Você, por pouco, nem meu nome soube, mas também perguntou e resolvemos ir tomar um ar.
O que conversamos era descontraído e foi muito mais interessante do que muitas conversas durante aquelas duas semanas. E eu havia chorado naquele dia.
Você me mostrou que não há problema em viver a música do Cazuza em pleno domingo.
O dia seguinte foi engraçado, etílico, no meio do mato, frio, mas descobrimos a nossa música. E eu nem cantava mais.
Você mostrou medo, logo de manhã, mas me abraçou e deixou ser abraçado, ainda assim, nos uniria um hiato de tempo.
O chocolate que você me trouxe ainda não acabou, mas foi o presente mais lindo que eu poderia ter ganho antes de viajar. E eu nem ganho nada sempre.

A piada dos 2 filhos de Francisco me deu um sorriso e eu guardo comigo até te ver de novo.