sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pra Bem Longe.

Você me tira as forças que não tenho
Me suga a energia tenra e doce que não mais vejo
A paz que perdi, minha alegria, meu desejo.
Não posso te ver, ainda é cedo
Me corta a carne saber que apenas tem medo
Que não tem coragem de querer o que pretendo.

É triste ver como fico não te tendo
Eu simplesmente não consigo, não te entendo.

Vou me esconder, vou sumir
Eu simplesmente vou gritar, vou assumir

Me machuca, dilacera, consome
Não agüento, me corrói

Chega de você, cansei do que não foi
Não quero mais te ver, cansei por hoje.

Não me olhe com essa sua cara assim,
Ela me mata, me dá algo ruim
Um carinho sem amor, um sofrimento sem fim.
Tanto, um dia você me disse.
Não leve tão a sério,
Você sabe que não sente o que diz.

Chega de você, cansei de só ganhar
Não quero mais vencer, cansei de me matar.

Você ainda vai saber, vai realizar,
Dessa vez você não pensou, preferiu o azar.

É triste ver como vou crescendo,
Eu simplesmente esqueço e vou vivendo.

Vou confessar que decidi te perder,
Pro meu próprio bem, que não é você.

domingo, 8 de novembro de 2009

O Começo.

Todos os bons encantos
você me trouxe, inundando
e preenchendo os cantos.

Não há como negar, não há explicação,
fogem-me sentidos, palavras
e o coração.

Durmo, acordo e ando
sempre pensando, em você,
no mais, em quando.

Não esperava nada assim,
você simplesmente apareceu,
e disse sim.

Quando você desaparece,
fico sem norte, não vejo
nada é como parece ?

Tudo brilha, mas o sol não mais reluz,
tenho medo, me diminui
a simples idéia de não ter-te no meu mundo.

Penso ser melhor te deixar,
mas não posso, não mais,
machucaria te abandonar.

Me sinto parte do seu mundo,
estar ao teu lado é lindo, é profundo,
mais que o amor, mais que tudo.

Ando pela noite, sozinha
te imaginando, querendo
outra solidão que não a minha.

As batidas que vêm de mim
sempre me levam a você,
meu início, meio e fim.

Não te direi palavras difíceis,
apenas o mais simples desejo,
de te amar e te ter aqui.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Garota.

Rosto de boneca, sorriso que conquista
Um coração que calcula a batida,
O compasso, o amor e a mentira,
Tudo numa dose certa, que não termina
Que não se vai, marca que fica.

Olhos rasos, mãos de interesse
Um ar que não é transparente,
Que pesa, cansa, não suspende,
Tudo em doses que te prendem,
Que te calam, não consentem.

Ela não é igual, ela não é igual
Às garotas, às mulheres, ao ideal
Me escute antes que seja tarde,
Antes que ela te veja e não pare.

Ela não é igual, ela não é igual
Ao passado, ao futuro, ao natural
Me siga antes que seja tarde,
Antes que ela veja e toque o alarme.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Palavra de Ordem.

Resignar

v. tr.

1.
Desistir de alguma coisa em favor de outrem; renunciar a; abdicar de.

v. pron.

2.
Ter resignação, submeter-se à vontade divina.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Verdade.

O que devo dizer para que venhas afinal?
Perdes tempo de encontrar a felicidade
que guardo comigo a sete chaves,
para dar-lhe no início, no meio e no final.
Não vês a sentença já lavrada,
as flores que não mais bailam,
nem o perfume que não mais exalam.
A calma em ti ainda não me trás nada.
Comentam que me amas a cada dia,
que é o meu perfume que sentes,
no lugar daquela contigo presente,
que sou eu quem pode dar-te alegria.
Tomei a coragem para ser orgulhosa,
justamente para que não te percas
e nem aches que é inevitável a perda,
afinal, te espero em silêncio, ansiosa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Vociferando.

Qual será a melhor saída ?
Que faço eu, tão desafortunada,
Tão triste e cansada,
para fechar essa latente ferida ?

Qual será a melhor coisa ?
A solução para o meu mal e dor,
Diz-me antes do torpor,
antes que eu descubra que não há amor.

Morro a cada segundo áspero,
a cada estocada
em meu peito desesperado.

Sinto desapontar-te,
mas o medo é maior
do que desejo a morte

Que viria pacífica,
acalentar-me
fora da caminhada sofrida.

Dói-me saber que não sou digna,
que não sou útil,
e que sofrer é minha sina.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Anjo da Guarda.

Tinha medo de beijar-te
e saber que me eras perfeito.
Embora quisesse, sei que não posso tê-lo, não há jeito,
só o Divino terei ao encontrar-te.

Foste ao longe sem aviso,
deixou-me aqui, deixou-me só.
A agonia toma-me, pouco a pouco volto ao pó,
ao ponto onde nada importa, ao início.

Oh, anjo, por que me provas assim ?
Por que me fazes parte de ti,
como se nada fosse em vão, e não houvesse (o) fim?

Oh, anjo, porque estás tão longe de mim,
e porque não mais contemplo o teu sorrir,
nada é mais tão são, tão logo vejo o fim.

domingo, 19 de abril de 2009

Coração.

Algo dói dentro em mim,
como fosse pouca coisa assim.
Algo que não mais me diz sim,
que não parece mais ter fim.

Algo grita dentro em mim,
como fosse muito grande assim.
Algo que precisa de ti,
que não pode me fazer feliz.

Algo aqui, dentro em mim,
bate acelerado, sem rumo,
descompassado assim.

Algo aqui, dentro em mim,
bate quietinho, calado,
bem tristinho assim.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Pretérito Imperfeito.

Eu te amo. E não há nada a fazer.
Eu te amo. E não há nada a dizer.
Eu te amo. E ainda não sei
Como posso viver longe de você.

Eu te amo. E não posso negar.
Eu te amo. E não posso evitar.
Eu te amo. E ainda assim, há
Provas de que sempre vou te amar.

Eu te amo. Porque você me queria.
Eu te amo. Porque você me sorria.
Eu te amo. Porque eu sei que um dia
Você pensou que me amaria.

Eu não te amo. É fato, verdade.
Eu não te amo. É dor, crueldade.
Eu não te amo. É apenas saudade,
Que não passa, que é equidade.

Eu não te amo. E preciso aceitar.
Eu não te amo. E preciso continuar.
Eu não te amo. E isso vai passar,
Tenho certeza. Um dia vai acabar.

Eu não te amo. Nunca amei.
Eu não te amo. Sempre tentei.
Eu não te amo. Eu te falei,
nada é como eu sempre sonhei.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Citações Pessoais I

E acho que no final, eu sou até bonitinha.
Acho que na verdade eu tenho um amor incondicional por mim mesma e me acho a coisa mais fofa da paróquia aqui. E isso não é modéstia, é amor-próprio.
Ninguém precisa saber o quanto eu me amo e me acho linda, engraçada, fofinha, dedicada, atenciosa, grossa e até mesmo ridícula.

Eu estou apaixonada por mim. Não posso viver sem eu e quero me casarmos.

domingo, 29 de março de 2009

Salvação

Ah, pobre alma, indefeso
amor de uma existência
Venha, acalme-se, perceba
o que tens feito sem sentir o peso

De erros que vêm e vão, das impensadas
palavras, da latente insistência
Infantil, sensível, pequeno, influente
Tanto és, tanto precisas e ainda nem sabes

Como podes findar tanta confusão e tristeza
e achar, afinal, a rima, o som, a alma que pode
assim ser, a tua perfeita

Aquela onde encontrarás alegria, coração
que será tua salvaguarda, tranquilidade,
a inspiração.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Princesa.

Quantas vezes havia se olhado no espelho, mas sem ver qualquer coisa ?

A menina dos cabelos que tinham cor do sol em um entardecer de inverno, os olhos castanhos, a pele branca, não tinha sequer uma imperfeição. Era uma boneca.
Só não de borracha, pois se quebrava muitas vezes em razão de seu rebelde coração. E colecionava as junções em sua porcelana, todas as falhas que a machucaram e que a foram tornando mais fria assim como os dias de brisas geladas e cortantes.
O que a aquecia eram as lãs que roçavam por sua pele fina e o fogo da lareira em frente à sua cama, lugar de tantos sonhos e lágrimas. Suas intenções eram boas, até que as distorciam.

A puxavam e a controlavam. Ela se entregava cada vez mais ao que lhe fazia mal, mas sentir-se viva. Aquilo que batia secamente no fundo de sua alma perfeitamente correta, aquilo que desconcertava seus pensamentos e conduta.
Ela continuava a descer a paisagem íngrime à qual escolhera por livre e espontânea pressão de amigos e de seu círculo. Agia como outra pessoa, outra personalidade em um jogo bipolar e perigosamente excitante.
Apesar de tantos erros, ela ainda conservava a inocência rosa que permeava seus dias e olhos. Tinha a ganância infantil de querer ser melhor que quem era apenas de outra maneira.
Quantos dias ela passava despreocupando-se ao preocupar os outros que a amavam?
Seria inútil contar (?).
Sua amizade desprotegida era a cafetina de suas vontades e ações.
- A palavra e o peso da reputação não me afetam, não tenho isso, ela dizia. Quero viver, sair, respirar... As pessoas entendem meu comportamento. Não faço nada de errado, ela achava.

Era apaixonada por um garoto o qual não merecia seu amor de algodão. Chegou a conseguir uma noite perto dele. Disse que ele havia passado dos limites, mas achou normal e ainda conservava o sentimento puro de carinho quando o lembrava. Mesmo tendo um babado de sua blusa delicada rasgado, ela voltou pra casa se sentindo importante.
Era a nova carne em período de experimentação e treinamento. Era o cheiro de frescor de uma vida e princípios imaculados.
Sempre fora mimada por todos, mas era ainda uma menina muito simples e ingênua. Tinha tudo o que sempre desejou e talvez, por isso, continuasse deixando ser controlada para ter o que sempre quis: reconhecimento, amor, carinho, e qualquer outra coisa (ou pessoa) que cruzasse sua linha de almejo. Conseguiria isso, sem dúvida... Mas em troca de seu espírito antes leve e transparente.
A famigerada fama de suas mentoras começava a espalhar-se com a mesma rapidez com que flocos, grãos e partículas se esvaem ao vento. Mas com a vagarosidade de alguém já senil e sem força para crer na verdade, ela não conseguia ver o mal que a rodeava e a entorpecia. Deixava seus sorrisos a encargo de quem poderia trazer-lhe o contrário da motivação desses espasmos, ou quem poderia causar-lhe tristeza e arruinar sua vida. Ela os trazia para mais perto, enquanto quem maldizia e tentava lhe mostrar a parte real, era pouco a pouco mais afastado.

- Como é triste, diziam suas amigas em tom tétrico, não é possível que ela não acorde!
E todos começavam a comentar, opinar e a ficarem cada vez mais decepcionados consigo mesmos. Onde haviam errado?
Todos pareciam ignorar as influências externas, pareciam tornar-se mais hipócritas a cada final de semana gasto em madrugadas vazias. Tentavam redimir-se entre si mesmos esquecendo da existência física da princesa tão incrustada no pedestal feito por seus próprios e inconseqüentes méritos.
Assim como eles a lembravam, esquecendo-se dela, ela os esquecia lembrando-se que eles a esperavam.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Quem é você ?

Ainda te conheço. Mas você, aos poucos, vai sumindo das lembranças de alguns anos atrás. Vai sendo substituído, como as roupas que saem da moda, que ficam gastas ou que simplesmente poderão servir à outra pessoa, melhor do que a mim.
Aquele abraço do primeiro encontro, as palavras nervosa e inseguramente emitidas, a agitação, o coração apertado, confuso, alegre e tolo. Tudo isso, aos montes, vai desaparecendo do compartimento memorial. Tudo vai virando um simples episódio de mais um capítulo das páginas viradas.
O que eu deveria fazer, como devo reagir ao ver a discrepância em relação à sua reação e à minha ? Você reagiu do meu jeito tarde demais. E eu reagi do seu jeito na hora certa. Poupei-me de passar por todos aqueles momentos frustrantes e dolorosos novamente. E seria correspondida se, por acaso, eu fosse daquele jeito ainda ?
Não acho que a menina que antes inundava seus dias, para tirar-lhe das rotinas de uma vida mais madura, ainda exista. Não, pelo menos para você.
Ela ainda circunda quando percebe que pode. Não quando percebe que a querem. Querer não é poder.
Ainda me questiono sobre toda essa mudança. É claro, e inegável, que o ser humano é passível de mudanças (exteriores e interiores, em alguns casos), mas a personalidade e o modo de ser são as seções mais inflexíveis que há. O que teria lhe acontecido ? Por quê ? Quem ?
Quando causou-me o maior dos sofrimentos, havia outra pessoa para quem você dava essa reação que direciona a mim nesse momento. Juro que não soube o que pensar, mas agi quase 20 anos à minha frente. Tomei seu lugar e você, o meu. Isso era perfeitamente aceitável e admirável para a Comunidade Psicóloga ao qual eu visitava durante alguns dias pelas semanas.
Me senti realmente superior e por um momento te esqueci completamente. Fui egoísta e deixei de te conhecer, de saber quem você era.
Pouco a pouco, isso foi passando. Fui voltando ao (meu) normal, mas crescendo. Cresci e mudei. Mudei porque era maleável e estava em processo de formação. Não era alguém com conceitos e nem com uma cabeça respeitável.

Hoje, penso em você ? Sim. Mas ao pensar, tenho perguntas como frutos, me vejo em meio à elas e muitas não sei como responder. E isso seria óbvio, afinal, nenhum ser humano tem respostas à todas as perguntas.
Ainda, então, em meio a elas, vou apagando você como uma folha de rascunho, uma folha com erros à lápis. Apaga-se tudo, mesmo quando não faço esforço algum. Apaga-se tudo com as luzes apagadas. Tudo some.
Ainda te conheço ?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Dicionário de 17 a 21/02/2009.

Ódio

do Lat. odius. m.,

aversão;
raiva;
rancor profundo;
antipatia;
repulsão;
horror.


Indiferença

do Lat. indifferentias. f.,

desprendimento;
insensibilidade;
frieza;
inconsciência mórbida;
apatia.

Ouve.

Queria dizer-lhe que te espero.
De todo o coração, te guardo
as horas, os céus, o esmero
Só preciso que saiba, por mais adiantado.

Queria dizer-lhe que te penso.
De todo coração, te lembro
pelos dias, estrelas, momentos
Só preciso que saiba, pelo menos.

Nada seria você sem que isso me faça sorrir.
Se eu puder te alcançar, prometo
Juro e não minto, o mundo será mais feliz.

Escrevo versos simples, que soam sem volutas.
Se eu puder dizer e você ouvir,
Sacramentado será, terei-te em tudo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Insistência

O que faço para tirar-lhe de mim ?
O que devo fazer para que isso acabe ?
Diga-me, antes que eu me ajoelhe, me humilhe
Antes que eu me doa mais e esqueça a saudade.

Tento, sem sucesso, abrir meus olhos
Não chego nem a compreender o porque,
As palavras demoram-se, e se não posso
Por que haveria de tanto querer ?

Ficaste aqui tempo demais,
Não há mais espaço,
É hora de partir, rapaz.

Fiquei muito tempo por ti,
Amando, não respirando,
Esperando, em vão, enfim.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Vitória

Sinto falta do amor que antes me inundava
Os olhos, a pele, o sorriso, a vida e a razão.
Quero ser pequena, caber em teu pensamento, teu coração,
Sentir que toda a vida, as tristezas pelas quais adentro sem paixão,
Era tudo por você, pra poder viver, eu esperava.

Ainda espero, para ser sincera e não mentir,
Nem omitir as ilusões, nem as dores que já me cativaram.
Quero sentir como nunca antes, quero morrer antes do esperado,
Mas que seja de todo amor do mundo, aquele que nunca fora achado,
Aquele pelo qual espero, pra poder viver e ser quem diz

Por ainda não ter-te encontrado, sofri e me doía
Chorava ao pensar que ficaria sozinha, mais que o atual,
Mais que o possível, por todos os tempos e vidas, parecendo normal,
Tentando continuar caminhando, não tendo nada, sendo apenas visual.
Isso é passado e a maior mentira já contada um dia.

Eu sei que te olhando, me vejo mais nítida como nunca pude
Me sinto mais alegre que o sol da manhã, mais forte que o maior furacão,
Melhor que a mais benevolente pessoa, com mais poder que todo o trovão,
Quero ser o que você procura, seus dias e coragem, sua emoção.
Sei que já te amo e nem ao menos te tenho pra curar a inquietude.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Diálogos I

- Ela não é flor que se cheire, rapaz.
- Ah não ? Acho que me enganei então...
- Mas com toda a certeza ! (pensando)
(Depois de um breve momento)
- Acho que algo está te fazendo mal. (ainda pensando)
- E o que você presume que seja ? (olhando desafiador)
- Algo material, fisicamente sujo, maléfico. E com o odor reconhecível a metros de distância. (olhando de volta)
- Hahahahaha. Você não sabe é o bem que isso faz...
- Bem ?
- É, bem.
- E qual é o bem que isso faz ?
- Me deixa leve...
- ...E com a cabeça fraca !
- Me deixa em paz.
- Hahahaha... é uma pena. Uma pena, realmente.
- Eu não preciso da sua compaixão.
- Nem eu estou te dando. Você é simplesmente mais um ingrato no mundo.
- Ingrato... faz-me rir.
- É ingrato sim. Não é capaz de retribuir nem a quem gosta de você gratuitamente. Machuca, briga, enche a cara, faz merda, e não liga ! Afinal... o mundo é seu, não é ?
- O mundo não é meu.
- Deve ser por isso que você não liga pra ele. E nem pra nada.
- Já acabou ?
- Não. Mas é VOCÊ quem está se acabando ! E eu cansei de te dar afeto sem ganhar nada em troca. Cansa ficar vazio, sabia ?
- É mesmo ?
- É. E é por isso que eu espero que você se canse de ficar com essa cabeça vazia. Que só pensa em si mesmo. Que não tem noção de nada. Que magoa.
- (silêncio)
- Você não sabe de nada. E ainda vai causar mais mal a pessoa mais importante do mundo.
- O que o Papa tem a ver com isso ?
- Estou falando de você.
- Ah... (desprezo)
- Eu cansei de ser um brinquedo. Cansei de tentar ter esperança com alguém que nem sabe o quê é isso.
- É por isso que eu vou me recolher. Boa noite.
- Noite.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Soneto Sobre a Hora Errada/Certa

Volte, traga de novo a alegria que sinto ao te pensar,
Seja de novo a timidez latente que insiste em me tomar,
Isso só acontece quando meu mundo insiste em parar,
Quando te vejo, e minha fé se torna fortaleza.


Onde estão seus olhos ? Que me dão a certeza,
Que são a verdade, e toda a clareza,
Os verdes olhos dos quais brotam corações e
Toda a minha nova velha dependência.


Sei que mereço toda sua importância, sua decência,
Mas ainda não posso tê-lo, ainda me falta ser
Ainda me falta crescer, ser purificada.


Talvez eu tenha esperado muito na hora errada
Suspeito que, outra vez, eu tenha sido inocente
Mas sei que ainda temos muitas horas pela frente.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Antes

Antes que eu lhe diga,
Não se faça de rogado,
continue com sua vida.
Antes que eu lhe chore,
Não se sinta incomodado,
continue, fazendo tudo o que não pode.
Antes que eu lhe peça,
Não tente falar nada,
continue vivendo em meio às festas.
Antes que eu me vá,
Não me queira, nem me lembre
nunca mais.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Boletim de Perda

Venho por meio desta, reportar a perda de um bem de suma importância e que representa muito.

Peço, encarecidamente, que se ela puder voltar à essa consciência quase pesada, à essa mente vazia, a recompensa será de grande valia.

Gostaria que toda a inspiração que antes parecia não findar, se renove. E que me preencha antes que a morte o faça.

Grata.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Vencedor.

Proteger

do Lat. protegere
v. tr.,
ter a seu cuidado os interesses de;

tomar a defesa de;

auxiliar;

socorrer;

apoiar, recomendar;

preservar;

fornecer;

guardar.


Respeitar

do Lat. respectare


v. tr.,
tratar com reverência ou respeito;

ter em consideração;

honrar;

poupar;

não lesar;


Amar

do Lat. amare


v. tr.,
ter amor a;

gostar muito de;

desejar;

escolher;

apreciar;

preferir;


v. int.,
estar apaixonado.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Leonardo.

Eu fiz esse poema há vários meses atrás, mas acho que não merece ficar guardado.

Sabes que és tão forte,
Não demonstras fraqueza,
É na tua sorte
que me faço delicadeza.
Não sabes que és tão importante,
demonstras timidez,
É na tua inconstância
que me faço insensatez.
Ah, Leonardo,
Machucas-me e nem imaginas,
carrego em mim o fado,
mas o temo apesar dele ser a sina.


Sabes que és tão frágil,
Não demonstras força
Quando me comprazo,
Mas sim quando o amor vem à tona.
Não sabes que te amo tanto,
demonstras distância,
É aos prantos,
que me encontro na tua inconstância.
Ah, Leonardo,
Magoas-me e nem pensas,
carrego em mim um fardo,
mas o assisto, o guardo,
no fim, será nossa sentença.

Sabes que és a palavra,
demonstras ser minha canção,
É no teu nada
que me faço coração.
Não sabes que sorrio ao te lembrar,
não demonstras saudade,
É no meu pesar
que me faço verdade.
Ah, Leonardo,
Matas-me e nem vês,
é para ti que guardo
o destino, todo ele de uma vez.