quinta-feira, 23 de junho de 2011
Ti prego.
tuas volutas bailam aos meus ouvidos,
tento, mas fico confusa com teus sentidos,
e não há fim meu pensamento.
Diz-me, eu imploro, o que sentes,
transforma meus dias, deixa-me esperar,
deixa-me querer e saber que virás,
dá-me e sejas todo o meu presente.
Não me deixes com tão pouco,
meu coração sem ver-te fica louco,
bate descompassado, fica rouco.
Traz teu amor pra mim,
sem medo, não fujas assim,
vem pros meus braços, diz que sim.
Não maltrates meu coração com essa dor,
Ouve-me, oh, meu amor,
que por ti suplico ao mais nobre Senhor.
Dá-me uma chance e faz de mim tua morada,
conta teus problemas, tuas mágoas,
deixa eu ser tua adorada.
Acaba de vez com minha tristeza,
faz cessar essa frieza,
traz de volta nossa certeza?
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Te cuida, Sto. Antonio!
(falando ao celular)
- Alô, queridos! É daí do Céu? Queria dá uma palavrinha com Santo Antônio! [...]
(foram chamar)
(Santo Antônio atende e ela começa)
- Eshcuta aqui.. oque que o senhor pensa que tá fazendo? Será que eu vo tequi partir pa ignorância e titirar o minino Jesuish? Te colocar no congelador? É isso que o senhor quer? Hein? Porque olha, do jeito que tá não dá pra ficar!
(Santo Antônio tenta acalmá-la pedindo paciência)
- Paciência?! Que paciência?! Eu já deveria ter virado uma monja, sei lá como fala essa coisa, tibetana, tá entendendo? NÃO TEM MARR PACIÊNCIA PA TU NÃO. Ou o senhor resolve logo minha situação ou vo tequi me reporta pro teu superior. Tá legal? O senhor parece que gosta de fazê hora ca minha cara.. assim o senhor me quebra, poxa!
(Santo Antônio mais uma vez tenta acalmá-la, em vão)
- É O SEGUINTCH, VO ISHTIPULÁ UM PRAZO AQUI PRO SENHOR ME RESOLVER, SENÃO O NEGÓCIO VAI FICÁ FEIO PO TEU LADO, NEGUINHO!
(ela desliga o telefone enfurecida)
- Quiquié isso, gente.. que negócio absurdo isso. Quiquié? Tá com trabalho acumulado? Tem toda eternidade né? TEM PORRA NENHUMA NÃO! NUM VAI ME DEIXÁ PRA TITIA NEM QUE A VACA DO PRESÉPIO TUSSA!
domingo, 19 de junho de 2011
Romance de Volta
Não precisas de palavras, sílabas, letras,
Teu silêncio corta mais que navalha em carne tenra
Meus tolos e inocentes sentimentos.
Eles talvez tenham emergido na hora errada,
Mas prefiro isso a jogar com os teus,
Coisa que virou-se contra mim e me arrasa
a cada dia depois que me deixaste.
O espaço que lhe dei aqui em mim,
agora é preenchido de novo pela
solidão insistente.
O espaço que lhe dei aqui em mim,
recusaste, deixando-me sozinha
nesta dor latente.