quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Exercício do Cavalinho

Morte aos jogos de raciocínio utilizados largamente em dinâmicas de grupo e aulas de Desenvolvimento Pessoal e Profissional - 1.


Nada é mais insuportável do que as duas primeiras aulas com isso, você contorcendo-se em cólicas, com um sono monstruoso e tendo que encaixar cavaleiros e cavalos para "desenvolver sua capacidade de observação". Eu sei observar e o faço com bastante destreza e hábito. Não preciso e nem gosto que me digam para observar coisas desse tipo. São difíceis e nos fazem "pensar" ? Sim. Mas, nos fazem ter mais raiva quando não conseguimos completar a tarefa enquanto todos os outros alunos conseguem e não podem dar dicas. "Vocês têm até o final da aula pra conseguir, hein ?"
Sim, vou acabar a aula e pegar uns cursos na APAE pra desenvolver a capacidade de raciocínio. (Não que a APAE esteja sendo criticada. De modo algum, eu inclusive admiro o trabalho deles e nunca os criticaria para justificar exercícios desse tipo numa faculdade. Peço desculpas se soou ofensivo).

Eu mereço. Devo merecer.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Vinícius de Moraes / Tom Jobim

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham prá você
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Trauer Für Einen Neuen Tag

Se a tristeza tivesse asas, te traria pra cá
não voltaria mais, iria findar.
Se a tristeza tivesse asas me levaria pra longe,
eu não voltaria mais, iria pra não sei onde.
Se eu pudesse ser imune a isso, viveria mais
viveria melhor.
Se eu pudesse ter mais que isso, viveria.
Seria melhor.
Seria tão bom ter olhos pra olhar,
mãos para tocar
e voz pra ouvir.
Onde está você que não vi ?
Onde vou que estou só ?
Não imagino o que tenha feito para tanto,
é demais e estou exausta.
Não ouvirão meu grito, sequer meu canto,
não posso. Estou cansada.
Parece-me que finalmente fiquei aqui,
e finalmente descobri.
Talvez tudo isso venha
e meu remédio seja
o que vem de você.
Volte, veja, viva.
Pra mim, a mim, comigo.

domingo, 7 de setembro de 2008

Jardim


Do modo como fui criada,
não deveria ter medo,
a vida não deveria ser tão complicada
As coisas tem passado,
nem tudo vai acontecer,
nem todas as alegrias terão acabado
Tudo que eu vejo
me lembra alguém,
ainda assim não sei porque desejo
Do modo como tenho vivido,
não deveria perder,
a vida não deveria ter me feito desistir
As pessoas têm passado,
nem tudo é florescer,
nem tudo que me move terá cessado

Tudo o que tenho
me leva a alguém,
ainda assim não sei porque desejo
Do modo como tenho estado,
não deveria chorar,
a vida não deve ter pouco pra me dar

As flores tem chegado,
nem tudo é esquecer,
tudo é muito certo quando estou perto de você
Do modo como tenho sentido,
não deveria estranhar,
a vida sempre tem seu lado mais bonito
As borboletas vão passar,
tudo é tão real,
nada vai me impedir de te esperar

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tanto Mar I

Joguei pedras,
joguei no mar.
Tanto calor,
idéias no abafar.
Originei idéias,
escrevi ao esgotar.
Joguei certa,
joguei no mar.
Tanto amor,
vi-me no baldar.
Ocultei a espera,
vivi o desgostar.
Joguei à sorte,
joguei-a no mar.
Tanta dor,
dei-me ao lancinar.
Oprimi a inspiração,
olvidei o meu estar.