segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Estrela.

De quanta fragilidade se faz a vida ? De momentos preciosos e cuidados com amor ?
Em um mero momento, tudo isso se esvai, e como já foi dito: do pó viemos, e ao pó retornaremos. Mas, não creio que isso seja motivo para querer retroceder e ser apenas memória e voar, assim como o pó, pelo ar, até o momento em que seremos esquecidos.

Qual a vantagem de esforçar-se em vida e logo depois deixar tudo e não ser reconhecido por aquilo ? É cansaço extremo de algo insatisfatório, ou falta de alegria por vontade própria. Não há vantagem, segundo a maioria dos pontos de vista, em fazer isso. Em fazer e não colher, plantar e não amar.
Pelo quê se vai ao fundo e lá tira-se o seu bem maior, que é a vida, eu procuro não saber, afinal, cada pessoa deve saber as angústias e conflitos dentro de si. Ainda assim, se entregar às dores e tristezas é ser egoísta consigo mesmo. Não querer ver saídas para aquilo e, sem direito, se julgar e desligar ligações tão importantes que o mantêm vivo.
É triste pensar que tanta coisa pode ter sido desprezada, disperdiçada e não vivida. Conhecimentos vindos tão cedo e pouco usados, ou usados para o egoísmo próprio. Em benefício da tristeza, da mentira para concluir algo tão sombrio e aterrorizador das pessoas que o amam. O que fazer agora que tudo passou ? Que a nuvem que te levou se dissipou... Ninguém consegue entender direito a razão de tudo isso.

Mas o ser humano é uma caixa com supresas agradáveis e desagradáveis. O lado psíquico não é fácil de ser entendido, como quando alguém se olha no espelho e se vê desfigurado, vê coisas que aos olhos reais, não existem. O que acontece para tal visão permanecer ? O que se passa na cabeça de quem vê isso ? Freud não explica, Einstein também não, Platão não poderia e Paulo Coelho muito menos.
"Deixa assim ficar subentendido..." é a única solução, pois ninguém nunca vai saber o que realmente acontece (ou aconteceu), o que realmente se pensa (ou se pensou) a não ser que presencie ou tenha tais pensamentos.
O que leva o mal a chegar tão perto e as vezes dar tapas com luva de pelica, deve talvez ser a porta que é aberta, destinada a sorte, mas que ficou distorcida. Tanta coisa não vista, não revelada e se quer relevada.


As vezes, o ato de chamar a atenção vai longe, e além da atenção alheia, a própria também é atiçada, porém, acaba sendo tarde demais.


Na minha humilde crença, o arrependimento é maior do que a satisfação ou a idéia de livramento de tanta dor.

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