domingo, 27 de abril de 2008

Soneto para o Surrealismo.

Eu queria não olhar pra você e imaginar tanta coisa.
Queria não sentir ciúmes quando você acaricia os cabelos dela.
Eu queria ser mais capaz e conseguir não te ver de um modo surreal.

A minha verdade tem o mesmo nome da sua, e é o seu que ela toma.
Que mal fiz para me encantar com pouco (ou assim o determino para me convencer) e tentar vencer calada ?
A esperança é a única coisa que morre agora e na verdade, para tentar não sofrer, eu a mato a cada dia de um modo diferente, mentindo a sua verdade com a minha.

Não condiz.
Você deve ser uma mera criação para amenizar a minha ansiedade.
Você está aqui do lado apenas para suavizar a sede de olhar algo e sentir compleição enquanto o suprimento não chega.
É possível esquecer alguma coisa em 30 dias ?

Ver uma verdade maior que a que julgo ser sua pode ajudar e talvez seja o necessário.
Você é uma criação da minha mente para amenizar a impaciência,
mas nem sempre ela cria coisas com sentido.
Vai ver olhar pra você não tenha nenhum fundamento e o menor sentido concreto.
Assim espero.

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